Entrou as drogas, e agora? O que são e como sair

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Entrou as drogas, e agora? O que são e como sair

 

Independentemente da idade, quando se fala em drogas todo pai, mãe, familiar e amigo se preocupa. Esse assunto é difícil, aliás, essa situação é difícil.

Antes de entrar de fato na questão, devemos nos perguntar o que são as drogas? Faço essa pergunta pois me parece pertinente entender o que se entende sobre tóxicos, numa sociedade em que a bebida alcoólica é aceitável, ou melhor, está presente de várias maneiras de modo natural.

Assim como qualquer outra droga, o álcool causa prejuízos a vida das pessoas, no entanto o álcool se encontra disponível, é vendido de forma licita e seu consumo não é recriminado.

O álcool pode causar dependência, problemas físicos diversos, danos nas funções cotidianas (trabalho, família, escola) e uma piora nas funções mentais (esquecimentos, confusão, etc).

Mas então porque a droga assusta tanto? Porque somente perante ela nos mobilizamos?

 

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Existem diversos tipos de drogas ilícitas, e para cada uma delas um efeito diferente, as propriedades químicas de cada substancia são, evidentemente, importantes, contudo devemos levá-las em consideração em função de suas interações com cada indivíduo na sua singularidade. A experiência do uso de uma droga é singular para cada indivíduo, mesmo que estas drogas produzam um efeito próprio, provocado pelas alterações neuroquímicas.

Os fatores que levam a dependência, fora o componente químico, estão à disposição genética e principalmente a disposição psíquica. Não é o toxico que faz a toxicomania, mas sim o sujeito que encontra nele (tóxico) as respostas para as questões mais profundas e secretas, de sua relação consigo mesma, com o seu desejo e com o seu prazer. Pessoas recorrem aos tóxicos como forma de de encontrar, enfim, uma maneira prazerosa que “ressignifique” a sua existência e/ou amenize o seu sofrimento.

O fenômeno da toxicomania é de origem multifatorial: atração por um prazer proibido, fascinação pelo potencial perigo jurídico, curiosidade, identificação com um determinado grupo (tribo), tentativa de fazer laços, rejeição ou ruptura com valores tradicionais, procura de uma realidade outra, busca de sensações, etc. (Matysiak, J.-C.; Valleur, M., 2010).

O termo droga engloba toda e qualquer substância que absorvida altera o comportamento psíquico e físico. E então levando o sujeito a descobrir através das drogas uma nova maneira de ser, de expressar seu EU.

Quando algum membro da família é acometido pelo “prazer” das drogas, e se rende aos seus efeitos, configura-se a dependência.

 

 

Os familiares são acometidos pelo medo e pela insegurança, e muitas vezes tomam caminhos equivocados na esperança de conseguir ajudar o sujeito usuário de drogas. É preciso que todos se conscientizem e entendam que é necessário o acolhimento e a escuta para entender os fatores e sentimentos de seu ente querido. Nessa hora a família como uma unidade deve propor medidas e dinâmicas que favoreçam o dependente emocionalmente e fisicamente, não o marginalizando, ou excluindo ele do convívio familiar.

Para casos de jovens que fazem uso, mas sem configurar uma dependência química (com prejuízos nas funções e nas interações) é importante entender o eu eles buscam com o uso, e quais as possibilidades para que eles se sintam realizados. É preciso saber ouvir sem julgamentos, sem comparações entre as gerações, buscando entender quais os ganhos que esse jovem encontra no uso das drogas.

Aos pais cabe buscarem a tranquilidade e o entendimento da dinâmica de seus filhos, evitarem julgamentos e a marginalização desses jovens. Traze-los para perto, estarem atentos aos seus movimentos e aos detalhes que são deixados dia a dia e que muitas vezes não “vemos”.

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