A “arte” de “falar”. Sobre tudo, em qualquer lugar.
Existe uma onda contemporânea de falar sobre tudo, em qualquer lugar e com qualquer pessoa.
Todos são expertises em qualquer coisa.
Isso não é uma crítica, apenas uma reflexão. Ao passo que todos, nos sujeitos, temos o direito e a liberdade de emitir nossas opiniões e pensamentos. O que se perdeu foi a capacidade de ponderar em quais momentos, lugares ou com quem se faz positivo e produtivo colocarmos nossas opiniões. Opiniões alheias se perdem no vento, pois não há quem as escute ou as considere. Causa desgaste, causa polêmica e desconforto. E em nome do que? Será que realmente nossas opinião importa sempre? Será que somos tão importantes, achando que nossas ideias mudaram algo?

O fato é que muitos querem falar, mas poucos querem se aprofundar. Muitos querem expor e pouco querem refletir. Hoje em dia não há um pensar, avaliar antes de falar. A palavra se torna solta, mas não no sentido da liberdade / privação mas solta no seu próprio sentido.
Nossa palavra só vale quando se tem quem quer ouvir, nossa opinião só cabe quando há uma reflexão sobre as situações, nossas ideias são bem vindas para trazer soluções. Há uma direção da palavra que se perde quando todos querem só falar, e falar e falar…
É preciso se aprofundar as vezes, entender o que se fala, analisar se quem ouve pode ouvir e se o objetivo de sua fala contribui ou não com o que se propõe. Não damos pérolas aos porcos, tão pouco podemos dar o que não temos!