Sintomas de depressão pós-parto

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A maternidade é um acontecimento que muda para sempre a vida da mulher e a transforma em diversos sentidos, inclusive no aspecto emocional. Porém, infelizmente podem haver alterações negativas, como a depressão durante a gravidez ou no período pós-parto.

Quando o quadro depressivo, caracterizado por uma condição de profunda tristeza, desinteresse e falta de ânimo, causando sofrimento à mãe e à família, ocorre entre o dia do parto e as quatro primeiras semanas seguintes, é classificada como depressão pós-parto. Casos severos e não tratados adequadamente podem ter consequências graves, evoluindo para uma psicose.  

Assim como as demais variações da doença, este tipo de depressão se manifesta em consequência de uma soma de fatores, mas é o grande desequilíbrio hormonal que ocorre no organismo da mulher logo após dar à luz o principal responsável.

Também conta muito a qualidade do sono, relação com a família, principalmente o pai do bebê, alimentação, histórico de uso de álcool e drogas e alterações bioquímicas no cérebro.

Como identificar a depressão pós-parto

O diagnóstico é baseado principalmente na observação do comportamento da mãe de forma geral e sua ligação com o bebê. Ela deve estar cercada de uma rede de cuidados, onde o obstetra, pediatra e profissionais da enfermagem são muito importantes, mas é a família que retém o papel principal.

Isto porque quem mora ou convive de mais perto com a nova mamãe que poderá identificar sinais como:

  • Frases negativas em relação a ser uma boa mãe ou saber cuidar do bebê;
  • Medo excessivo de não “dar conta” do seu papel de mãe;
  • Falta de vontade de se cuidar;
  • Indiferença e falta de zelo com o bebê;
  • Recusa a amamentar ou cuidar da criança;
  • Discurso de culpa contra o bebê (ex.: você estragou minha vida);
  • Falta de apetite;
  • Perda ou ganho incomum de peso;
  • Inquietação constante;
  • Pensamento negativos, de morte ou suicídio;
  • Crises de choro.

Ao perceber qualquer alteração, é importante que as pessoas mais próximas redobrem os cuidados na observação, entrem em contato com o médico e procurem também a ajuda de um profissional de saúde mental.

Em alguns casos será necessário o uso de medicação, mas a psicoterapia e o apoio familiar em tempo integral são de suma importância para a recuperação da mãe.

Fatores de risco

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 25% das mulheres brasileiras sofrem com a depressão pós-parto. Logo após o nascimento de um bebê, a mulher pode ficar fragilizada, por isso algumas condições são consideradas fatores de risco, tais como: 

  • Ter passado por depressão em parto anterior;
  • Falta de apoio durante a gravidez;
  • Estresse e problemas financeiros;
  • Gravidez não planejada;
  • Problemas no relacionamento com o pai do bebê;
  • Histórico de problemas psicológicos;
  • Complicações físicas e de saúde em gravidez anterior;
  • Histórico familiar de doença mental;
  • História de desordem disfórica pré-menstrual (PMDD), que é a forma grave de tensão pré-menstrual (TPM); 
  • Violência doméstica.

Negligenciar a depressão pós-parto pode trazer prejuízos futuros tanto para a mãe quanto para a família e o bebê, pois a doença afeta o elo afetivo entre mãe e filho e as relações familiares como um todo.

Se observar algo de “errado” ou diferente em uma mãe ou em você mesma logo após o parto ou durante a gravidez, não fique com a dúvida; procure ajuda!

Por isso te convido também a saber mais sobre os cuidados psicológicos na gravidez clicando na imagem abaixo:

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