Os filhos são feitos para o mundo, afinal de contas, quando chega a vida adulta, eles precisam enfrentar diversos desafios e devem estar preparados para isso. Porém, muitos pais acabam desenvolvendo uma dependência emocional nos filhos, sendo superprotetores e não permitindo que o filho “saia do ninho” para viver a própria vida.
Isso pode começar ainda na infância, e se os pais não mudarem certos medos e comportamentos, existe a possibilidade de prejudicar a vida do filho em diversas áreas: afetiva, financeira, carreira e assim por diante.
Você passa por esse problema e está tentando resolvê-lo? Então, leia o texto até o final e descubra como!
Sinais de uma relação superprotetora dos pais nas crianças
Normalmente, essa criança quer sempre estar com os pais, em consequência disso não vai e não fica em lugar nenhum sem eles.
Por exemplo, não dormem na casa de nenhum amigo, só querem dormir na cama ou no quarto dos pais; quando vão para a escola não querem ficar lá; choram muito sentindo a falta dos seus parentes; entre várias outras questões.
Geralmente são crianças que não se expressam muito; têm receio de brincar com amigos mais novos que eles; buscam saber o que os pais acham ou precisam estar sempre na companhia deles.
Lembrando que isso são somente alguns sinais e é preciso entender a criança de forma mais global.
Muitas vezes, o problema está mais nos genitores do que na criança em si. Em maior parte, por serem inseguros, acham que os filhos também não conseguem fazer as coisas por conta própria. Acabam ajudando mais do que eles precisam; tem medo que algo ruim sempre pode acontecer ou acreditam que seus filhos não podem se frustrar, criando um sentimento de insegurança que leva a uma dependência além do que é esperado do período da infância.
Sinais de um adulto com dependência emocional
As dificuldades são as mesmas, mas os problemas passam a ser maiores. Por exemplo, o adulto não consegue desenvolver um relacionamento afetivo, pois sabe que, ao se casar, terá que se separar dos pais e viver em outra casa (o que acontece na maioria das vezes).
Também não consegue se desenvolver na carreira e na vida profissional. Negam todas as boas oportunidades que aparecem por ser distante do seu lar, acaba não se desenvolvendo plenamente ou tendo o sucesso desejado, se sentindo frustrado e impotente.
Ele passa a não pensar em ter a própria família. Não quer casar ou ter filhos porque sente que isso o afastará emocionalmente dos pais. No fim das contas, torna-se uma verdadeira prisão, uma gaiola invisível.
Quando se relacionam buscam sempre a opinião de seus genitores e não tomam nenhuma atitude sem antes consultá-los.
São adultos que não se opõem às ideias e opiniões, com medo de se sentir desaprovado ou achar que sempre estão errados frente a figura de seus pais. Afinal, eles estão em todas as decisões e atitudes com o intuito de ser o “motivo de orgulho”. Em grande maioria também acreditam que depende deles a satisfação e alegria de seus pais.
É aquela história do elefante que desde pequeno ficava preso em um toco de madeira. Ele cresceu, pode se desprender daquele toco, mas não o faz por medos e inseguranças; e porque o convenceram de que era ali que ele deveria ficar.
Como resolver o problema da dependência emocional?
Os pais precisam mudar (caso seja possível!)
Um dos pontos relevantes desse tipo de comportamento é que ele é reforçado pelos pais, que tentam manter os filhos por perto sempre que possível fazendo, inclusive, chantagem emocional para terem o que desejam.
Muitos sentem medo do ninho vazio e, dessa forma, criam diversos obstáculos para que os filhos tomem decisões que os coloquem longe fisicamente e emocionalmente. No entanto, é preciso olhar os filhos como seres autônomos e donos de suas vidas. Pais assim necessitam de uma análise e colocar em perspectiva seus medos e seus traumas.
Você precisa mudar. Isso é o mais importante e possível, já que não mudamos ninguém!
Você não precisa tentar mudar os seus pais, até porque isso não é possível, mas apenas a si mesmo. Afinal de contas, você só tem controle sobre os próprios sentimentos e ações e isso já é bem difícil de colocar em prática. Não tome decisões radicais e faça tudo aos poucos, de acordo com o seu próprio tempo e expectativa.
Comece pensando do que você tem medo. Quais as oportunidades que já perdeu ou nas coisas que deixou de fazer. Comece se sentindo preparado para pensar por si e tomar decisões de menos impacto. Comece expondo sua opinião ou dizendo o que sente.
Pense que você é capaz
Sim, você é! Lembre-se de cada coisa que você conquistou, de cada vitória sua. Melhor ainda: vá escrevendo num papel. Por exemplo, se você passou no vestibular, sua formatura, um relacionamento bem sucedido, um momento na carreira do que se orgulha e assim por diante.
Esse exercício é importante para que você perceba que é muito bom e que é capaz de fazer várias coisas sem que os seus pais estejam envolvidos. Entenda que não é porque você é e pensa diferente de seus pais que a sua família deixará de existir. Não dá para ter sucesso se você tiver atitudes que condizem com os outros e não com você. Sempre terá uma dose de insatisfação nas suas escolhas e isso é um sinal de que você não se sente realizado, portanto algo não vai bem.
Faça coisas sozinho
Alguns exemplos simples são: assistir a um filme, tomar um sorvete na rua, ver o pôr do sol, ir à praia e assim por diante.
Torne esses momentos mais presentes no seu dia a dia e reserve um tempo para praticá-los. É importante esse reforço para que você perceba e sinta que pode ter bons momentos sem os seus pais por perto.
Procure por ajuda profissional
A dependência emocional é muito forte e não conseguimos superá-la sozinhos.
Quer tratar a sua dependência emocional e se livrar dela de uma vez por todas? Dê o primeiro passo: entre em contato e agende uma sessão!